Tratamento de Efluentes
- Paracelso
- 2 de abr.
- 4 min de leitura
Atualizado: 13 de mai.
Desenvolvimento e preservação: A engenharia química no tratamento de efluentes
O Tratamento de Efluentes é essencial para garantir que os resíduos líquidos gerados pelas atividades industriais sejam tratados adequadamente antes de serem descartados no meio ambiente. Este serviço inclui a implementação de tecnologias avançadas para a remoção de contaminantes, redução da carga poluente e reutilização de água. A nossa abordagem assegura conformidade com as normas ambientais vigentes e promove a sustentabilidade da operação.

Durante a Corrida Espacial-Militar entre Estados Unidos e União Soviética, foram feitos pesados investimentos em ciência e tecnologia que resultaram em inovações industriais significativas que se difundiram para o setor civil. Especialmente após eventos como o desastre nuclear de Chernobyl, em 1986, esse processo de inovação e popularização tecnológica intensificou a conscientização ambiental pública acerca do setor industrial. Como consequência, intensificou-se os debates de como se equilibrar o desenvolvimento tecnológico e a preservação ambiental.
Dado que a engenharia química como a entendemos hoje é regida por essa preocupação, torna-se extremamente válida uma exposição de como a engenharia química pode, ao participar dos processos de tratamento de efluentes, corroborar com o desenvolvimento tecnológico sustentável.
Antes de qualquer coisa, o que é o tratamento de efluentes?

O tratamento de efluentes é uma atividade que envolve uma série de processos, que podem ser físicos, químicos e biológicos, projetados para eliminar contaminantes de líquidos residuais antes de sua devolução ao meio ambiente ou reutilização para fins não potáveis.
Para este serviço, é feito uso de tecnologias avançadas para a remoção de contaminantes, redução da carga poluente e reutilização de água, a depender do tipo de tratamento que deverá ser dado para o efluente em questão.
Qual a importância do tratamento de efluentes?
Ter um tratamento de efluentes bem definido em uma indústria oferece diversas vantagens. Pode-se falar da conformidade legal que evita multas, da recuperação e o reuso de recursos que reduzem custos operacionais, e da proteção ambiental que contribui para a preservação dos recursos naturais e a promoção da economia circular. Além disso, aumenta a eficiência operacional, com menos tempo de inatividade e intervenções de emergência, e promove um ambiente de trabalho mais seguro ao minimizar a exposição a substâncias perigosas.
Ademais, um sistema bem definido é escalável e adaptável, o que facilita expansões futuras sem comprometer a conformidade ambiental, posiciona a empresa na vanguarda da inovação, aumenta a competitividade no mercado e mantém boas relações com comunidades locais e órgãos reguladores, facilitando a obtenção de licenças e autorizações.
Afinal, como a engenharia química se faz presente no tratamento de efluentes?
Engenheiros químicos têm papel fundamental no tratamento de efluentes para garantir que a água e os resíduos industriais sejam tratados de forma adequada antes de serem descartados no meio ambiente ou reutilizados. Vamos explorar a seguir as funções e responsabilidades dos engenheiros químicos nesse contexto:
1) Caracterização do efluente
É essencial entender a composição química e biológica dos contaminantes presentes no efluente, bem como sua variabilidade. Para isso, engenheiros químicos podem conduzir testes para identificar características como pH, metais pesados, demanda química e bioquímica de oxigênio, contaminantes, etc. Avaliar a variabilidade no volume do efluente ao longo do tempo de operação também faz parte da caracterização.
2) Otimização e sustentabilidade
É parte das atribuições de engenheiros químicos fazer planejamentos quanto ao uso dos recursos naturais em um processo, seja ao sugerir rotas com menor consumo de energia, água, produtos químicos ou explorar fontes alternativas de energia. Como expresso anteriormente, ao otimizar-se o uso de recursos naturais, é possível promover um processo de tratamento mais sustentável.
3) Desenvolvimento dos processos de tratamento
Os engenheiros químicos desenvolvem processos específicos para tratar efluentes, considerando custos e viabilidade econômica. Esses processos incluem métodos físicos como sedimentação, filtração e flotação; métodos químicos como coagulação, floculação, oxidação química e neutralização; e métodos biológicos como filtros biológicos e reatores anaeróbios.
Como parte do desenvolvimento dos processos, também devem ser feitos os dimensionamentos dos equipamentos utilizados no tratamento, garantindo capacidade e eficiência conforme especificações e regulamentações. Esse dimensionamento envolve análises detalhadas de características e condições de operação para que seja possível projetar os equipamentos necessários. Equipamentos típicos incluem grades, peneiras, tanques de sedimentação, reatores biológicos, filtros, unidades de desinfecção e equipamentos de tratamento de lodo.
4) Monitoramento e controle de padrões de qualidade
É uma das responsabilidades de engenheiros químicos garantir que o efluente tratado atenda aos padrões de qualidade exigidos para o descarte ou reuso. Para isso, a implementação de sistemas de monitoramento contínuo e procedimentos de controle de qualidade é necessária, a fim de minimizar-se os impactos ambientais do processo.
Como foi possível observar, ter um tratamento de efluentes adequado se relaciona diretamente ao objetivo e às competências de atuação da engenharia química na busca de um desenvolvimento tecnológico e de operações industriais sustentáveis, eficientes e responsáveis.
Entre em contato conosco
Nossas principais entregas incluem plantas técnicas, fluxogramas, projetos de engenharia personalizados e relatórios técnicos detalhados. Essas entregas podem ajudar a resolver desafios relacionados ao tratamento de efluentes e a implementar soluções eficazes e sustentáveis para suas necessidades específicas.
A nossa abordagem assegura conformidade com as normas ambientais vigentes e promove a sustentabilidade da operação industrial.
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