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Tratamento de Efluentes em Frigoríficos: Tecnologias e Responsabilidade Ambiental

  • Foto do escritor: Paracelso
    Paracelso
  • 12 de jun.
  • 2 min de leitura

O setor frigorífico é um dos pilares da indústria alimentícia no Brasil, com forte impacto na economia e na exportação de proteínas. No entanto, sua operação está diretamente ligada à geração de grandes volumes de efluentes líquidos, ricos em matéria orgânica, gordura, sangue, restos de carne e produtos químicos utilizados na higienização. Diante desse cenário, o tratamento adequado desses efluentes não é apenas uma exigência legal, mas um compromisso com a sustentabilidade e a saúde pública.


Por que o tratamento de efluentes é essencial?


Os efluentes gerados em frigoríficos, se descartados sem tratamento adequado, podem contaminar corpos d’água, afetar a fauna aquática, o abastecimento humano e causar sérios danos ambientais. Além disso, há o risco de sanções legais, autuações por órgãos ambientais e danos à imagem da empresa.


Características dos efluentes frigoríficos

  • Alta carga orgânica (alta DBO e DQO);

  • Presença de gorduras, óleos e graxas (OGG);

  • Resíduos de produtos de limpeza (álcalis, ácidos e desinfetantes);

  • Possível presença de nutrientes como nitrogênio e fósforo;

  • Variações de pH e temperatura ao longo do processo produtivo.


Etapas do tratamento de efluentes em frigoríficos

O tratamento pode ser dividido em três grandes etapas: pré-tratamento, tratamento primário e tratamento secundário/terciário.


1. Pré-tratamento

Objetiva remover os sólidos grosseiros e preparar o efluente para as etapas seguintes.

  • Grades e peneiras: retêm sólidos maiores.

  • Caixa de gordura: remove parte das gorduras flutuantes.

  • Desarenadores: eliminam areia e sedimentos.


2. Tratamento primário

Foca na remoção de sólidos suspensos e parte da carga orgânica.

  • Decantadores primários: sedimentam sólidos.

  • Flotação por ar dissolvido (DAF): remove gordura e partículas por flutuação.


3. Tratamento secundário e terciário

Foca na remoção da matéria orgânica dissolvida e dos nutrientes.

  • Reatores anaeróbios (UASB): utilizam bactérias que decompõem matéria orgânica sem oxigênio, gerando biogás como subproduto.

  • Reatores aeróbios (lodos ativados, MBBR, lagoas aeradas): demandam oxigênio e promovem a oxidação biológica da matéria orgânica.

  • Filtração, desinfecção e polimento final: para remoção de patógenos e atendimento aos padrões de lançamento.


Tecnologias complementares

  • Reuso de água tratada para lavagem de pisos, torres de resfriamento ou irrigação.

  • Digestores anaeróbios com aproveitamento energético (biogás para caldeiras).

  • Secagem e compostagem do lodo gerado no processo.


Legislação e responsabilidade ambiental

A legislação ambiental brasileira, por meio do CONAMA (resoluções 357/2005 e 430/2011), estabelece os padrões para lançamento de efluentes. Os frigoríficos devem manter licenças ambientais atualizadas e operar suas ETEs com eficiência comprovada.

Investir em tecnologias de tratamento de efluentes é não apenas uma obrigação legal, mas um diferencial competitivo que contribui para a imagem da empresa, fidelidade do mercado externo e compromisso real com a sustentabilidade.


Entre em contato conosco

O tratamento de efluentes em frigoríficos exige planejamento técnico, operação eficiente e visão ambiental. Empresas que adotam boas práticas ambientais fortalecem sua posição no mercado e colaboram para um futuro mais sustentável.


Paracelso | Soluções em Engenharia Química

📞 +55 43 98830-3638



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