Melhoria de Eficiência Térmica
- Paracelso
- 17 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de abr.
A engenharia química e a busca constante por melhorias de eficiência térmica
A engenharia química, desde o seu surgimento na Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX, tem sido motivada pela necessidade de transformar matérias-primas em produtos úteis de maneira eficiente e econômica. Um dos desafios enfrentados pelos primeiros engenheiros químicos e que persiste na profissão até hoje é o gerenciamento eficiente do calor, o que impulsiona a busca por processos termicamente mais eficientes.

É possível dizer que a busca por eficiência térmica está profundamente enraizada na própria história e evolução da engenharia química. Torna-se, então, extremamente válida uma exposição do que exatamente se trata a eficiência térmica, como engenheiros químicos podem atuar para buscar melhorá-la e como essa busca pode impactar as indústrias.
Só para garantir que ninguém se perca, o que é “eficiência térmica”?
A eficiência térmica é uma medida de quão bem um sistema converte energia térmica (calor) em trabalho útil, e é expressa pela razão entre o trabalho útil produzido e a energia térmica fornecida ao sistema. Quanto maior a eficiência térmica, menos energia é desperdiçada pelo sistema ou processo e mais econômico e sustentável ele se torna.
O impacto para as indústrias:
A melhoria da eficiência térmica nos processos industriais é fundamental para o desenvolvimento sustentável e a competitividade das empresas.
Um dos principais motivos para se afirmar isso é a redução de custos operacionais. Ao aumentar a eficiência térmica, as indústrias conseguem diminuir o consumo de combustíveis, assim, reduzindo os gastos com energia e aumentando a margem de lucro.
Além do impacto econômico, a melhoria da eficiência térmica tem implicações ambientais significativas. Processos industriais mais eficientes geram menos resíduos e emissões de gases de efeito estufa. Com as crescentes pressões regulatórias e a conscientização ambiental, indústrias que investem em eficiência térmica podem melhorar sua imagem perante consumidores, investidores e órgãos reguladores.
É possível falar, ainda, que a otimização da eficiência térmica pode levar à inovação e à modernização tecnológica dentro das indústrias. A elaboração de práticas e processos mais eficientes pode aumentar a produtividade sem afetar a qualidade, ao mesmo tempo que minimiza desperdícios, impulsionando a competitividade das indústrias frente ao mercado.
Mas afinal, o que engenheiros químicos fazem nesse cenário?
Para avaliar a eficiência térmica de um sistema ou processo, engenheiros químicos são capacitados para utilizar e aplicar vários conceitos de termodinâmica. Pode-se destacar aqui:
Primeira Lei da Termodinâmica, que entende a variação da energia interna de um sistema;
Segunda Lei da Termodinâmica, com a entropia e o Princípio da Irreversibilidade de sistemas fechados;
Ciclos termodinâmicos, esquemas que permitem a compreensão da conversão de energia térmica em trabalho mecânico e vice-versa;
Exergia, a medida da quantidade de energia disponível para ser convertida em trabalho útil;
Coeficiente de performance, que representa a razão entre o calor útil transferido e o trabalho realizado pelo sistema.
E para além do uso de conhecimento teórico, devido à crescente demanda por soluções ambientalmente responsáveis, esses profissionais desempenham um papel essencial na transição das indústrias para uma economia mais sustentável, sem prejudicar a eficiência de seus processos.
Tecnologias sustentáveis, como biorrefinarias, células de combustível e processos baseados em energia solar e eólica, estão se tornando cada vez mais viáveis e economicamente competitivas. A engenharia química está na vanguarda do desenvolvimento de novos catalisadores e materiais que aumentam a eficiência desses processos.
O conceito de economia circular está se tornando cada vez mais relevante, e engenheiros químicos podem atuar no redesenho de processos para minimizar resíduos e maximizar a reutilização de subprodutos.
A integração de processos e a análise de pinçamento térmico (pinch analysis) continuam a ser fundamentais para melhorar a eficiência energética. Esses métodos permitem a recuperação e reutilização de calor dentro das plantas químicas, minimizando o desperdício de energia e melhorando a sustentabilidade dos processos.
Não se pode esquecer da computação e a simulação de processos, que estão revolucionando o campo ao permitirem a modelagem precisa e otimização de sistemas complexos. Softwares avançados e o uso de inteligência artificial possibilitam aos engenheiros químicos prever e ajustar parâmetros, permitindo o aumento da eficiência térmica e reduzindo custos operacionais.
Como pôde-se observar, os profissionais da engenharia química são capacitados para utilizar todos os seus conhecimentos teóricos e técnicos para promover a melhoria da eficiência térmica em indústrias, promovendo à elas uma série de benefícios.
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